Custa um bocadinho mas tem que ser

Quando se regressa das férias há uma certa tendência no preguiçoso para a depressão. Eu encontro algumas explicações para esse facto:
1. Nas férias estamos continuamos a fazer aquilo que nos apetece - mesmo que não seja nada. No trabalho trabalhamos;
2. Quando regressamos ao trabalho, geralmente estamos no ponto mais longínquo das próximas férias;
3. A falta de adaptação imediata a um contexto fisicamente desagradável, deixa-nos ensonados, cansados, desconcentrados, perdidos e ligeiramente em pânico;
4. A falta de um bem faz-nos sobrevalorizá-lo e achar que o desaproveitámos.
Hoje é o meu segundo dia. Ao contrário do habitual, em que as terças-feiras são muito desagradáveis, hoje o trabalho correu bem (cortei o ponto 3.) e o ponto 2. esbateu-se ligeiramente. O ponto 1. é a tentativa de adaptação eterna do português.
Das férias, apesar de à partida achar que programas estragam as férias, devo confessar que foi a viagem à Tunísia que mais recordo. A dúvida instala-se - será que foi por ser o maior pedaço temporal ou é a ideia de ter valorizado o tempo por ter andado uns milhares de kms? Certamente que a companhia ajudou.
Apesar da consciência do ponto 4. não deve haver um único recém-chegado de férias que não sinta o mesmo. Mas eu só posso falar por mim. E hoje, já se esbateu mais a ressaca. Tal como quando estamos num clima novo, só quando o trabalho começa a fluir outra vez, é que passam as cólicas da prisão-de-mente.
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