quinta-feira, dezembro 28, 2006

Mais um bigode...


O INOV-JOVEM – Jovens Quadros para a Inovação nas PME é um Programa desenvolvido no âmbito do Plano Tecnológico, que apoia a inserção, em pequenas e médias empresas, de jovens com idade até aos 35 anos, com qualificações de nível superior em áreas críticas para a inovação e o desenvolvimento empresarial. Consubstancia dois tipos de apoios:
· A promoção de estágios profissionais, complementados ou não por formação, em que é comparticipada a bolsa de estágio e incentivada a posterior contratação;
· O apoio específico à celebração imediata de contratos individuais de trabalho. Dirige-se a PME empenhadas em processos de inovação e desenvolvimento empresarial, em particular aquelas que visam ganhar e reforçar posições na produção de bens e serviços transaccionáveis.

A ideia parece-me naturalmente boa na sua essência (boas intenções) mas tem o problema mais comum no governo do nosso país: a falta de controlo. Segundo estatísticas divulgadas recentemente e a que tive acesso através da TSF, apenas cerca de 10% dos jovens licenciados continuam nas empresas após o período de 12 meses em que o Estado subsidia a 50% a sua integração, o que me leva a concluir que esta é uma excelente oportunidade para ter mão-de-obra portuguesa, especializada e barata.

De fonte próxima fiquei a saber que existem tutores para estes jovens licenciados. A sua actividade consiste num certo apoio, dicas e contactos em caso de necessidade. Este é um modelo que vem de resto de algumas empresas americanas. Trabalhei numa multinacional americana e, se bem me lembro, em 9 meses tive uma conversa de circunstância com o meu tutor (Counselor) que se me vir na rua com certeza nem pestaneja - nem eu. A questão é no caso do Inov Jovem há a inovação de pagar aos tutores 6000 euros por ano.

Não se pense contudo que esta é uma tarefa que requer tempo, esforço, dedicação e empenho. O tutor desta minha fonte (fonte em todos os bons sentidos) mantém sem problemas o seu emprego e, graças às usuais redes de contactos semi-mafiosas, é tutor de 12 jovens. Como este senhor é formador, e os formadores são pagos neste programa a peso de ouro - como soube através de um formador - naturalmente temos formadores/tutores a cruzar os céus do universo dos programas de fomento público.

Naturalmente a falta de informação faz-nos desvalorizar o despesismo: "Não faz mal termos 53 rotundas de 7 faixas na aldeia porque são comparticipadas pela UE. O presidente está só a aproveitar os fundos". Os fundos são pagos pelos Estados Membros. Para além disso, como devia ser óbvio, as comparticipações são bastante diferentes de 100%. Neste caso também estamos a usar o Programa Prime…

Portugal - um exemplo na Europa

Depois de anos sem assumir um lugar de destaque, eis que Portugal aparece referenciado num recente relatório europeu como o pior aluno da zona Euro.

Sempre ligámos a Europa ao resto do mundo. O pior(.) É que temos um nível de consumo ao nível dos países nórdicos e uma produção ao nível de Marrocos.

Os números ligados ao sobreendividamento das famílias faz erguer sobrancelhas a um jogador de póquer. O que eles não sabem é que as declarações por cá também não são propriamente os 100%...

As finanças públicas são... públicas: cada um tira um pedacinho.

Et coetera e dejá vu - somos um exemplo ao nível europeu... a não seguir.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Contextos...

TSF em 18/Dez/06

(...) graças a esta iniciativa do centro prisional de [...] este detido, a cumprir pena por tráfico de droga, pôde agora regressar ao trabalho(...)

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Rapidinha porque tenho de ir para o comboio

Segundo um Eurobarómetro divulgado hoje, Portugal encontra-se entre o grupo de países com menos práticas de corrupção.

A dúvida instala-se: Quanto terão pago ao tipo que elaborou o estudo?