sexta-feira, maio 05, 2006


E que dizer depois de um dia destes... É mesmo a luta contra o abandono do blog que me faz pegar na caneta a esta hora. Um dia que começa as 6 para ir trabalhar correu, como quase sempre, bem. Um Robin-hood sem grande conteúdo, um irreverente apenas por não gostar de reverências e o fim de uma frase que corre para o bocejo.

A salientar num dia entre convites, apresentações e conversas com Singapura a beber leite e Chicago de copo de vinho verde na mão: a ida até à redacção do Público. Resumindo a narração do kafkiano telefonema para o Dr. C. R. C., recebido pela recepção, passando para a Central, desmarcando a colega da secretária que finalmente entrega no atendedor da dita e finalizando em excelência com um "De momento não é possível efectuar a gravação" (felizmente não ia avisar em relação a nenhum atentado bombista - desta vez, não).

Um click - o senhor do taxi. Sim, porque só indo lá entregar o CD em mão.

Ex-comando na Guiné, espancou o 1º Sargento e passou um ano de castigo na fronteira de Benje (?). Carpinteiro de vocação e formação, remodelou a arte na Guiné e, pela amostra, ensinou todas as combinações possíveis de asneiredo aos carpinteiros gentios. À boa maneira lusa, comprou máquinas grandes para poder fazer uns biscates por fora e tratou de arranjar umas concubinas das redondezas (ai credo rcv, ia escrevendo comcubinas - sou mesmo influenciável...).

Tiro o meu boné de marinheiro ao senhor do bigode que me deu boleia no seu carro verde e negro e que deu uma pincelada mais na esfera bloguisto-medíocre. Estou cansado, preciso de me cansar muito mais.

Bom fim-de-semana, porque eu espero não estar aqui quando o Sol que eu vi nascer se puser.

Pronto, Johnie DeLight, vou descer!

1 Comments:

Blogger BR said...

Cheguei agora de um jantar em casa de uns amigos de longa data dos meus pais (e amigos meus também).

Nestes jantares começa-se por falar, invariavelmente, em futebol, relembra-se a equipa das velhas-guardas e daí é um salto até aos tempos antigos da tropa, do Ultramar na Guiné, em Angola, e em Moçambique.

A pincelada blogosferiana que deixo hoje, à laia de comentário, neste mui virtuoso blog foi-me inspirada pelo senhor que, sentado à minha frente, fez questão que lhe tocasse com os deditos na placa de platina que tinha a fazer a vez de osso frontal.

Era ouvi-lo dizer: "Três dias que estive com as ligaduras na cabeça depois de levar um tiro que me vazou a cabeça dum lado ao outro. Ao terceiro, levantei-me e fui bater à porta da sala dos médicos: - Então ninguém me trata?

Só não lhe tiro o boné porque não sou marinheira...

8/5/06 01:10  

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